terça-feira, julho 28, 2009

Em cada sorriso silencioso...



Escondes-te atrás de uma postura de menino crescido e muito seguro de si, mas não passas de um miúdo perdido à procura de alguém que te dê colo, de alguém com quem conversar quando chegas a casa cansado, de alguém a quem te abraçares quando acordas durante a noite. Precisas sobretudo de alguém que cuide de ti, mas que também te deixe cuidar dela. Precisas te ter alguém para proteger, mas que também te saiba proteger a ti, que te abrace quando te sentes perdido e te faça sentir pequenino e seguro quando te envolve nos seus braços.


Tens um dos olhares mais simples e transparentes que conheço, talvez por isso seja tão fácil olhar para ti e ver-te como tu és. Às vezes olho-te e vejo um jogo de contradições, de incongruências e paradoxos. Conjugas na perfeição a tua visível força exterior com uma delicadeza quase inocente. À primeira vista, o teu olhar de zangado quase consegue enganar os mais distraídos e depois vem a surpresa quando te vemos sorrir. O teu olhar consegue ser tão meigo como o teu sorriso, capaz de nos desarmar ao primeiro esgar.
S. M.

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