terça-feira, maio 13, 2008

À espera do esquecimento


Esperei-te como quem espera a morte às portas da eternidade. De olhar melancólico e alma em luto, chorei cada segundo passado sem ti. Sufoquei cada minuto da tua ausência entre lágrimas em vão perdidas e calei o peso da solidão entre falsos sorrisos e frases amorfas. Já gastei o tempo a ser só tua sem te ter, a tentar sonhar reais utopias. Já gastei as lágrimas, ciente dos teus incautos olhares, à espera de um final feliz para a minha história. Já gastei o que sou, a ser o que julguei que tu querias que eu fosse. Já gastei as preces a deuses ausentes e pouco alturistas. Agora olho-te com a certeza de uma causa perdida, com a frieza de um olhar resignado. Tu sempre me olhaste, mas nunca me viste. Sempre estiveste ao meu lado, mas nunca me deste a mão.

2 comentários:

AnCaLaGoN disse...

Angie, nunca deixas de me surpreender pelo simples facto de que de vez em quando... me esqueço do que sabes escrever.

Quando penso em ti só me lembro da leãozinho, porque ela é divertida. Mas quando leio algumas das tuas coisas lembro-me que a leãozinho, ou a Angie que tanto adoro, também é a Angela, uma menina que junta palavras sobre amor de uma maneira tãooooo bonita :)
Juro que fico mais motivado para escrever quando leio textos como este. Mais que não seja pela simples razão de que lê-los é sempre, sempre agradável, e a sensação de os ler e rever-te nos textos dá-me vontade de fazer a mesma coisa nos meus textos. Escrever para que revejam em mim as partes que nem todos conhecem (ou que só quase tu conheces... culpa das conversas com Ucal quentinho).

Vá, agora vais-me obrigar a vir aqui todos os dias para ler e comentar :)

Anónimo disse...

Olha o Carlos... Olá Carlos!
Olá angie...
Bem, para quem disse que gostava de ir ao meu blogg ler as minhas coisas, não se lembrou que também sabe esrever umas coisinhas ela mesma...
É triste, este texto, revela muita solidão... e como te compreendo, como, por vezes, no meu de uma muiltidão, nos conseguimos sentir tão sós e alienados... Mas é verdade, temos de exorcisar os males de alguma forma, antes assim, do que viver uma vida amargurado:)

Um beijinho grandinho
Andreia